domingo, 22 de novembro de 2009

DUAS CENAS DETERMINANTES

Marcos 5:21-43

INTRODUÇÃO: Uma das maiores bênçãos de se instituir uma família são os filhos, mas também uma fonte de preocupação.

Jairo, um líder religioso respeitado, vivia um grande drama em sua família: sua filha de 12 anos estava gravemente doente.

F.T: Há nesse drama familiar duas cenas que eu gostaria de destacar:

1ª CENA: JAIRO VAI ATÉ JESUS LEVANDO SUA DOR
- A forma que ele vai até Jesus é determinante:

1. Ele vai a Jesus corajosamente (v 22).
- A despeito de sua elevada posição social e religiosa e da perseguição e oposição dos líderes religiosos a Jesus, ele se expõe e vence o medo e o preconceito.

2. Ele vai a Jesus humildemente (v 22).
- Independente de sua alta posição, ele se prostra aos pés de Cristo.
- “Não há lugar mais alto na terra do que aos pés de Cristo. Aquele que hoje está aos seus pés, amanhã estará a sua direita” (Aquele que se humilha será exaltado).
- Ele não exige, suplica. Ele não determina, mas clama por misericórdia (v 23).

3. Ele vai a Jesus perseverantemente (v 23).
- “É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas”, disse Jesus.
- Como a mulher cananéia e sua filha possessa (Mt 15).

4. Ele vai a Jesus esperançosamente (v 23).
- Ele tem fé! Ele crê em milagres! Ele já presenciou um há poucos instantes.
- “Sem fé é impossível agradar a Deus”.



2ª CENA: JESUS VAI COM JAIRO LEVANDO SUA SALVAÇÃO
- O fato de Jesus estar conosco faz toda a diferença:

1. Quando Jesus está conosco, a agenda é dele (v 25-34)
- Os atrasos, os imprevistos, a pressa, fazem parte da agenda do homem, mas não da agenda de Deus (João 11). “Tudo fez Deus formoso em seu devido tempo” (Ec 3).

2. Quando Jesus está conosco, não tememos más notícias (v 35).
- “O grande inimigo de nossa fé não é a razão, mas as emoções descontroladas” (C.S.Lewis).
- “O homem que teme ao Senhor não se atemoriza de más notícias, o seu coração é firme, confiante no Senhor” (Sl 112.7).

3. Quando Jesus está conosco, não há o triunfo da morte, mas a ressurreição da vida (v 38-43).
- O riso da descrença transformou-se em admiração.
- O choro transformou-se em riso.
- O luto deu lugar à festa.
- A morte foi tragada pela vida.
“Eu sou a ressurreição e a vida. Todo aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá eternamente”, disse Jesus.


CONCLUSÃO

1. Você que recebeu nosso convite para participar desse culto especial (E agradecemos de coração a sua presença!);

2. Mas há um outro convite mais sublime a mais importante que o nosso: o de Jesus! “Vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei”.

- “E Jesus foi com ele” (v 24). Isso fez toda a diferença! Por isso, não saia daqui hoje sem Ele. A presença dele com você é determinante e faz toda a diferença: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho não tem a vida” (1Jo 5:12).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UM CHAMADO MUITO ESPECIAL

UM CHAMADO MUITO ESPECIAL
Ex 19:1-25


INTRODUÇÃO

Dois amigos saíram para caçar e prometeram auxiliarem-se mutuamente caso algum perigo ocorresse. Quando entraram na floresta ouviram um terrível rugido de um leão. Mais do que depressa um deles retirou as botas e calçou seu tênis. O companheiro então perguntou: - Você pensa que com estes tênis correrá mais rápido do que o leão? Ao que respondeu: - Não, mas correrei mais rápido do que você.

A grande verdade é que somos pouco confiáveis.
Temos dificuldades em cumprir promessas.


NARRAÇÃO

1. Quando Deus falou a Moisés na sarça ardente, deu-lhe uma animadora promessa: “Depois de haveres tirado o povo de Egito, servireis a Deus neste monte” (Ex 3:12). A promessa havia se cumprido. Eles estavam no monte Sinai. Deus cumpre as suas promessas (v 1,2).

2. Deus havia libertado o povo de Israel, agora Ele entraria numa aliança com eles.

3. Coisas maravilhosas ocorreram no Sinai, mas maior de todas foi a gloriosa manifestação da presença de Deus e a sua poderosa voz falando com eles (v 16-19). Deus agora os submete a um chamado muito especial.

1. DEUS OS CHAMA A UMA VIDA DE LIBERDADE (V 1-4).

1. O povo hebreu nasceu e viveu escravo por 400 anos. Geração após geração eles foram escravos. Eles não conheciam o que era ser livre. A escravidão estava impregnada em sua alma e em seu modo de vida.

2. O Êxodo foi um arrebatamento dramático da terra da escravidão para a liberdade de servir a Deus. Mas, uma coisa é ser liberto da escravidão; outra, é aprender a viver a liberdade.

Ilustração: Conheci um homem que trabalhou por 45 anos numa repartição pública, preso e enclausurado defronte uma máquina de escrever, fazendo sempre as mesmas coisas. Ele sonhava com a liberdade da aposentadoria. Quando, enfim, chegou o grande dia, deram-lhe uma festa de despedida e todos se alegraram com a sua conquista. Estava, enfim, livre de todas as amarras e obrigações. Contudo, em pouco tempo ele entrou em depressão e quase todos os dias visitava seu antigo local de trabalho... Ele não sabia viver em liberdade.

3. É por isso que Deus utiliza a figura da águia carregando os seus filhotes (v 4). A idéia é que a libertação foi promovida por Deus e que o próprio Deus ensinaria o seu povo a gloriosa liberdade de voar. A liberdade deveria ser aprendida pelo povo.

“Foi preciso uma noite para tirar Israel do Egito, mas foram necessários 40 anos para tirar o Egito de Israel”.


2. DEUS OS CHAMA A UMA VIDA DE DIGNIDADE (V 5-8).

1. Vida de dignidade porque entrariam num relacionamento de aliança com DEUS (v 5a). É um pacto de vida que redundaria em grandes privilégios e benefícios ao povo. “Certamente este grande povo é gente sábia e inteligente” (Dt 4:6).

2. Vida de dignidade porque seriam um povo de propriedade exclusiva de Deus (v 5b). De um bando de escravos sem pátria, sem terra, sem identidade, sem governo, Deus os escolheria e os elegeria para ser o seu povo dentre todos os povos da terra.

Moisés recordando este episódio, diz (Dt 7:6-8):
“O Senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio de todos os povos que há sobre a terra. Não porque fosseis os mais numerosos, pois éreis o menor de todos, mas porque o Senhor vos amou”. O apóstolo João compreendeu essa graça: “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”.

3. Vida de dignidade porque seriam um reino de sacerdotes (v 6). “Reino de sacerdotes” significa um grupo de pessoas a serviço do rei. Israel deveria agir como representante de Deus no mundo e em favor do mundo. Eles deveriam manifestar o caráter de Deus e a verdade de Deus ao mundo. A idéia central é que Israel seria um povo especial com uma missão especial: abençoar o mundo todo, cumprindo assim a promessa de Deus a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3).

Salmo 67:7: “Abençoe-nos Deus e todos os confins da terra o temerão”.


3. DEUS OS CHAMA A UMA VIDA DE SANTIDADE (V 10-15).

(v 6): “Nação Santa”: Traduz primariamente a idéia de “separação” para o serviço a Deus. Mas, por causa da natureza santa de Deus, passou a ser uma prerrogativa essencial no caráter de seu povo. “Sede Santos, porque Eu sou Santo”, diz o Senhor.

Essa santidade é enfatizada por duas imagens:

1. A lavagem das roupas (v 10, 11, 14, 15). Simboliza a purificação, mas também um recomeço de vida. O povo no deserto tinha pouca roupa adicional, por isso, o ato de lavar-se e trocar de roupa marcavam um recomeço.

Por exemplo: (1) Quando Jacó retorna a Betel com sua família e renova seu voto a Deus construindo um altar, o texto diz: “Disse Jacó a sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós; lavai e mudai as vossas vestes” (Gn 35:2). (2) A ocasião em que José foi solto: “Então Faraó mandou chamar José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele, antes, se barbeou e mudou de roupa” (Gn 41:14).

2. A marcação dos limites ao povo (v 12, 13, 20-25). Deus ensina ao povo de modo dramático que havia uma distância entre um Deus Santo e o homem pecador, bem como do perigo de se apresentar levianamente a Deus.

Exemplos: (1) Nadabe e Abiu (Lv 10) esqueceram-se desse princípio e Deus os matou. (2) A nação de Israel esqueceu-se dessa verdade (O profeta Isaías já denunciava: “Não posso suportar iniqüidade associada a ajuntamento solene”) e terminou no exílio. Em outras palavras, a obra de Deus requer santidade.


CONCLUSÃO

Pedro tomou emprestado este capítulo do Êxodo para se referir a Igreja de Jesus (1Pe2:9,10) e Paulo disse que somos o “Israel de Deus”:
Um povo chamado à liberdade;
Um povo chamado à dignidade;
Um povo chamado à santidade.

Será que é isso que temos sido?
Será que é isso que estamos fazendo?