
"Nos passos do pastor" é o caminho de um peregrino em direção à cidade celestial.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
OS CRISTÃOS E O MMA

terça-feira, 19 de junho de 2012
HISTÓRIA E FÉ

sexta-feira, 8 de junho de 2012
A CAMPANHA DO MEDO

quarta-feira, 30 de maio de 2012
A BÍBLIA QUE EU NUNCA CONHECI - Uma viagem a Israel
Vista apenas pelos olhos de um curioso turista de primeira viagem como eu, a terra da Bíblia já é um domínio estonteante de contrastes espetaculares. Foi o próprio Deus que disse: “levantei a minha mão para achar uma terra que tinha previsto para eles, a qual mana leite e mel, e é a glória de todas as terras” (Ez 20.6). Colocada compactamente em um estreito território de cerca de 89Km de largura e 240Km de comprimento, tem montanhas cujos picos são nevados durante o ano todo e uma depressão tão profunda que chega a ser o lugar mais baixo da terra. A oeste encontra-se o belíssimo litoral do Mediterrâneo, e a leste o deserto da Arábia, tendo as montanhas do Golan como divisa da Síria e do Líbano. Os vales férteis da Galiléia contrastam com o território árido do deserto da Judéia. Não existe outro lugar igual na terra. Tão compacto que cabe num espaço que pode ser atravessado de carro em poucas horas, contudo, foi o cenário dos eventos mais significativos da operação de Deus no mundo. Viajar através da Terra Santa, como fiz em maio deste ano, de norte a sul e de leste a oeste, pode descortinar pontos interessantes na percepção dos propósitos de Deus registrados nas Escrituras Sagradas. Ao percorrer os estreitos caminhos da velha Jerusalém, ou as trilhas arenosas de Massada e do deserto da Judéia, ou a exuberância dos jardins e tamareiras às margens do Mar da Galiléia, enxergamos concretamente a verdade de Deus pretendida para todas as nações. São novos horizontes que se abrem diante de nós, sobretudo abrindo uma janela cheia de luz para uma releitura da Bíblia que eu nunca conheci.
Penso que a terra da Bíblia serve a um propósito que há de durar mais do que a sua própria existência física. Como um grande palco para o desenrolar do drama dos eventos críticos da redenção, culminando no túmulo vazio em Jerusalém, essa terra serviu bem a Deus e ao homem. Se vista corretamente, pode reforçar, iluminar e dramatizar as verdades eternas da Bíblia. Pode inspirar um amor ainda mais profundo à Palavra de Deus e aperfeiçoar o entendimento do plano eterno da redenção do homem em Jesus Cristo.
terça-feira, 3 de abril de 2012
QUANDO TORNAMOS AS BÊNÇÃOS DE DEUS EM ALGO COMUM - Malaquias 1:1,2
Malaquias, que significa “meu mensageiro”, foi o último profeta de Deus do VT. Ele foi boca de Deus para um remanescente ingrato, rebelde e desanimado, apesar das bênçãos grandiosas de Deus: reconstrução do templo com Esdras, reconstrução dos muros com Neemias e retorno a Jerusalém após o exílio. Eles perderam a capacidade de se maravilhar diante das intervenções de Deus, cultivando um espírito acomodado e cínico. Os seis questionamentos (queixas) do povo para com Deus demonstram este espírito. Quando tornamos as bênçãos de Deus em algo comum, incorremos em graves distorções da fé. Vejamos.
Primeiro, quando tornamos as bênçãos de Deus em algo comum, desprezamos o seu inigualável amor (1:1,2). Deus relembra ao seu povo sua graciosa eleição, fruto de seu inigualável amor. Inigualável por ser incondicional. Deus ama aqueles que por natureza eram objetos de seu desagrado. Inigualável por ser invencível. Deus ama “até o fim” (Jo 31.1). Inigualável por ser sacrificial. Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito. Mas, a despeito do grande amor de Deus, o povo nutria um sentimento de desprezo e ingratidão: “Em quê tem nos amado?”.
Segundo, quando tornamos as bênçãos de Deus em algo comum, oferecemos o pior (1:6-8). Deus esperava ser honrado, contudo, os sacerdotes e o povo ofereciam o pior. À semelhança de um pai ou de um senhor de escravos que recebiam a honra de seu filho ou de seus súditos, Deus esperava ser honrado pelo seu povo, mas obteve o desprezo pela qualidade de suas ofertas. Os animais ofertados eram cegos, coxos e enfermos, contrariando a lei. Eram ofertas indignas até para serem oferecidas a um governante terreno (v 8). E o mais lamentável dessa atitude é que poderiam oferecer o melhor, mas não o faziam (v 14). Para Deus, seria melhor fechar as portas do templo do que ofendê-lo com tais ofertas (v 10). Devemos refletir sobre como tem sido nosso culto oferecido a Deus... Será que Cristo tem de fato recebido a primazia? (Cl 1:18).
Terceiro, quando tornamos as bênçãos de Deus em algo comum, invejamos a prosperidade dos perversos (2:17). O povo estava se comportando como Asafe se comportou no passado (Sl 73:3). “Eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos”. A prosperidade dos povos ao redor era causa de inveja, queixas e murmurações contra Deus (3:15). Em outras palavras, diziam: “Deus é injusto!”. O povo não conseguia reconhecer aquilo que Asafe reconheceu: que a riqueza material é efêmera; que o fim deles pode ser trágico; que a verdadeira riqueza é Deus quem nos dá (“Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo”, disse Jesus); que a justiça verdadeira se manifesta em Cristo (3:1-6). Ele virá e julgará a terra com a espada de sua boca (v 1-3). Em sua segunda vinda, Ele exercerá seu julgamento final (4:1,2).
Quarto, quando tornamos as bênçãos de Deus em algo comum, usurpamos o que lhe é de direito (3:8,9). O pior ladrão é aquele que não se reconhece como tal. O questionamento: “Em que te roubamos?”, demonstra todo o cinismo do povo em não reconhecer a desobediência e a infidelidade coletiva (v 9): “Vós me roubais, a nação toda”. Eles estavam se apropriando daquilo que não lhes pertencia: o dízimo é do Senhor! Certa feita Jesus foi argüido sobre o imposto, ao que respondeu: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Isto é, o cristão foi chamado para ser fiel em todas as esferas de atuação. Quando valorizamos a Deus e sua rica intervenção em nossas vidas, agimos como Davi (1 Cr 29): (1) Reconhecemos que tudo vem das mãos de Deus; (2) E das mãos de Deus o devolvemos.
terça-feira, 27 de março de 2012
PERDI A ESPERANÇA
De fato, perdi as esperanças. Tranqüilizem-se. A perda de esperança pode ser uma manifestação de lucidez. Às vezes, é preciso perder a esperança para voltar a viver. É ter a coragem de reconhecer que o que está morto realmente morreu, e só existe uma coisa a ser feita: enterrar. É preciso que os mortos sejam enterrados para voltar a viver. Perdi a esperança: enterrei a política oficial. Essa dos partidos, dos comícios, das carreatas, das promessas, do “tudo isso te darei se votares em mim”, que iniciará em poucos dias. Daí, antes que se iniciem, fica aqui o meu protesto.
A política não é o jogo das verdades. Nela o que importa não é o ser, mas o que parece ser. Política hoje não se faz com verdade. Política hoje se faz com imagens. O negócio é o teatro. Aquele que representa melhor leva o prêmio. Aquele que engana melhor fica com o voto.
Política é caçada. Políticos são caçadores que espreitam sua presa em busca de voto. O voto é o caminho para o poder. E para isso utiliza-se de táticas e técnicas refinadas para abater a presa. Põem armadilhas apetitosas, armam iscas... Será que neste bando de caçadores há alguma exceção? Quero crer que sim.
Mas foi o Guimarães Rosa, mágico com as palavras, que me devolveu a alegria, quando escreveu: “O político pensa apenas em minutos, sou escritor e penso em eternidades...”. Em outras palavras, político é aquele que busca a ressurreição do poder, enquanto eu busco a ressurreição do homem. Acho que foi isso que ele quis dizer.
Tranqüilizem-se as minhas ovelhas. Não estou deprimido, apesar de tantos escândalos. Estou em paz comigo mesmo. Já enterrei o defunto. Posso dedicar-me às coisas que julgo merecedoras do meu amor e trabalho: o reino de Deus. Quando uma esperança se vai, outra nasce em seu lugar. Como capim que brota sob a primeira chuva, depois da devastação da queimada...
quinta-feira, 15 de março de 2012
O ESPAÇO DA IGREJA NO MUNDO
Ultimamente, tenho ouvido com certa freqüência declarações como estas: “Precisamos de mais espaço na mídia”, “Precisamos de mais representação no Congresso Nacional”, “Precisamos de mais espaço na administração pública”. Será que estes são os espaços que a igreja precisa conquistar no mundo? Será que, ao menos, ela necessita conquistar espaços?
A igreja de Jesus Cristo é o lugar no mundo onde se proclama e testemunha o senhorio de Jesus sobre o mundo todo. Logo, esse espaço da igreja não é algo que exista em função de si mesmo, mas algo que ultrapassa em muito seus próprios limites, não como uma sociedade cultual que tivesse que lutar por sua própria sobrevivência no mundo, mas como o lugar onde se testemunha a fundamentação de toda a realidade em Jesus Cristo.
A igreja é o lugar onde se testemunha e se leva a sério que em Cristo Deus reconciliou consigo o mundo, que Deus amou o mundo de tal maneira que por ele deu o seu Filho. O espaço da igreja, portanto, não existe para disputar uma parte do território do mundo, tão presente hoje em declarações de disputas por estes espaços, mas para testemunhar ao mundo que ele pode ser o que é: o mundo amado e reconciliado com Deus em Jesus Cristo. A igreja somente pode defender seu espaço próprio não lutando por ele, mas pela salvação do mundo. Do contrário, a igreja transforma-se em “sociedade religiosa” que luta em causa própria, deixando assim de ser igreja de Cristo no mundo. Dessa forma, a primeira incumbência daqueles que pertencem à igreja de Jesus Cristo não é ser algo para si mesmos, criar, por exemplo, uma organização religiosa ou mesmo viver uma vida piedosa, mas ser testemunhas de Cristo para o mundo.
Quero concluir, portanto, afirmando que quem quiser falar do espaço da igreja deve estar consciente de que esse espaço já nasceu rompido e superado por qualquer território que se queira “dominar” pelo testemunho da igreja a respeito de Jesus Cristo. Afinal, foi o próprio Cristo quem rompeu todas as fronteiras quando disse: “O campo é o mundo”.
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